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ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL:

CONHEÇA AS 5 REGIÕES DA COLUNA VERTEBRAL E SUAS FUNÇÕES.

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Preparamos um artigo especial para que você conheça um pouco mais sobre a anatomia da coluna vertebral, bem como, suas principais funções.

Embora, já tenhamos alguns artigos sobre doenças da coluna vertebral, é interessante conhecer as partes vertebrais, pois, quando em bom funcionamento, nos promovem boa saúde e disposição para executar atividades que exigem força e resistência.

Conheça a seguir as funções da: cervical, torácica, lombar, sacro e cóccix

CONCEITO DE COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras ósseas individuais empilhadas uma em cima da outra. Ela dá o suporte principal para o seu corpo, permitindo que você fique em pé, dobre e torça, enquanto protege a medula espinhal.

Ossos e músculos fortes, tendões rígidos e ligamentos flexíveis e nervos sensíveis contribuem para uma coluna saudável. No entanto, qualquer uma dessas estruturas afetadas por tensão, lesão ou doença pode causar dor.

AS CURVATURAS ESPINHAIS

Quando visto de lado, uma coluna adulta tem uma curva natural em forma de ‘’S’’. As regiões do pescoço (cervical) e região lombar (lombar) têm uma ligeira curva côncava, e as regiões torácica e sacral têm uma curva convexa suave.

As curvas funcionam como uma mola helicoidal para absorver o choque, manter o equilíbrio e permitir a amplitude de movimento em toda a coluna vertebral.

Os músculos abdominais e das costas mantêm as curvas naturais da coluna.

A boa postura envolve treinar seu corpo para ficar de pé, andar, sentar e deitar, de modo que a menor quantidade de tensão seja colocada na coluna durante atividades de movimento ou de sustentação de peso.

Excesso de peso corporal, músculos fracos, MÚSCULOS DESEQUILIBRADOS e outras forças podem alterar o alinhamento da coluna:

CURVATURAS ANORMAIS

  • Uma curva anormal da coluna lombar é a hiperlordose ou hipolordose (é um aumento ou diminuição da curvatura normal).
  • Uma curva anormal da coluna torácica é a hipercifose ou retificação torárica.
  • Uma curva anormal de um lado para o outro é chamada de escoliose.

VÉRTEBRAS

As vértebras são os 33 ossos individuais que se interligam para formar a coluna vertebral. As vértebras da coluna vertebral, são numeradas e divididas em regiões: cervical, torácica, lombar, sacro e cóccix.

Imagem do site Mayfield Clinic

Esta articulação permite o movimento lado a lado ou “não” da cabeça. Já  os 24 principais ossos são móveis; as vértebras do sacro e do cóccix estão fundidas.

As vértebras de cada região têm características únicas que as ajudam a executar suas principais funções.

Região Cervical (pescoço)A principal função da coluna cervical é suportar o peso da cabeça (cerca de 4,5 kg). As sete vértebras cervicais são numeradas de C1 a C7. O pescoço tem a maior amplitude de movimento por causa de duas vértebras em especial, a C1 e C2, chamadas respectivamente de atlas e axis.

Região Torácica (parte média das costas) – a principal função da coluna torácica é segurar a caixa torácica e proteger o coração e os pulmões. As doze vértebras torácicas são numeradas de T1 a T12. A amplitude de movimento na coluna torácica é limitada justamente pelas costelas que protegem a região.

Região Lombar (parte inferior das costas) – a principal função da coluna lombar é suportar o peso do corpo. As cinco vértebras lombares são numeradas de L1 a L5.

Estas vértebras são muito maiores em tamanho para absorver o estresse de levantar e transportar objetos pesados.

Para fortalecimento da região lombar e com o intuito de diminuir a dor na região, preparamos alguns exercícios para fazer em casa, onde os resultados são visíveis em poucos dias.

Região do Sacro – a principal função do sacro é conectar a coluna aos ossos do quadril (ilíaco). Existem cinco vértebras sacrais que se fundem.

Juntamente com os ossos ilíacos, eles formam um anel chamado de cintura pélvica.

Região do Cóccix – os quatro ossos fundidos do cóccix ou cóccix fornecem fixação para os ligamentos e músculos do assoalho pélvico.

Embora, as vértebras tenham características regionais únicas, cada vértebra tem três partes fundamentais, sendo elas:

  • Um corpo em forma de tambor projetado para suportar peso e resistir à compressão;
  • Um osso em forma de arco que cria um tubo oco para a medula espinhal e nervos;
  • Processos em forma de estrela projetados como estabilizadores para fixação muscular.

DISCOS INTERVERTEBRAIS

Cada vértebra da coluna é separada e protegida por um disco intervertebral, que impede que os ossos se “esfreguem”.

Os discos são projetados como um pneu de carro radial. O anel externo, tem faixas fibrosas entrecruzadas, muito parecidas com um pneu. Essas bandas se ligam entre os corpos de cada vértebra. Dentro do disco há um centro cheio de gel chamado núcleo, muito parecido com um tubo de pneu.

Os discos funcionam como molas helicoidais. As fibras cruzadas do anel puxam os ossos vertebrais contra a resistência elástica do núcleo cheio de gel.

O núcleo age como um rolamento de esferas quando você se move, permitindo que os corpos vertebrais rolem sobre o gel incompressível. O núcleo cheio de gel contém um fluido, do qual é absorvido durante a noite quando você se deita e é empurrado para fora durante o dia enquanto se move para cima, por isso as pessoas tem a sensação de acordar mais altos (e é verdade).

Com a idade, nossos discos perdem cada vez mais a capacidade de reabsorver o fluido e tornam-se frágeis e achatados. É por isso que ficamos menores à medida que envelhecemos.

Também doenças, tais como osteoartrite e osteoporose, causam esporões ósseos (osteófitos), conhecidos também como bico de papagaio, começam a crescer.

A lesão e a tensão nesses discos podem causar hérnia dos discos, uma condição na qual o núcleo é empurrado para fora através do anel para comprimir as raízes nervosas, causando dor nas costas.

ARCO VERTEBRAL E CANAL ESPINHAL

Na parte posterior de cada vértebra, há projeções ósseas que formam o arco vertebral. O arco é feito de dois pedículos de suporte e duas lâminas.

O canal espinhal oco contém a medula espinhal, gordura, ligamentos e vasos sanguíneos. Sob cada pedículo, um par de nervos espinhais sai da medula espinhal e passa através do forame intervertebral para se ramificar para o seu corpo.

Os cirurgiões geralmente removem a lâmina do arco vertebral (laminectomia) para acessar a medula espinhal e os nervos para tratar estenoses, tumores ou hérnias de disco.

Sete processos surgem do arco vertebral: o processo espinhoso, dois processos transversos, duas facetas superiores e duas facetas inferiores.

ARTICULAÇÕES FACETARIAS

As articulações da coluna permitem o movimento de volta. Cada vértebra tem quatro articulações facetarias, um par que se conecta à vértebra acima (facetas superiores) e um par que se conecta à vértebra abaixo (facetas inferiores).

LIGAMENTOS

Os ligamentos são bandas fibrosas fortes que seguram as vértebras juntas, estabilizam a coluna e protegem os discos. Os três principais ligamentos da coluna vertebral são o ligamento amarelo, o ligamento longitudinal anterior (LLA) e o ligamento longitudinal posterior (LIP). O ALL e o PLL são bandas contínuas que correm do topo até o fundo da coluna vertebral ao longo dos corpos vertebrais. Eles impedem o movimento excessivo dos ossos vertebrais. O ligamento amarelo se liga entre a lâmina de cada vértebra.

MEDULA ESPINHAL

A medula espinhal tem cerca de 18 centímetros de comprimento e é a espessura do seu polegar. Ele vai do tronco encefálico (início da coluna, a nuca é uma boa referência) até a primeira vértebra lombar protegida dentro do canal medular.

No final da coluna vertebral, se encontra o cordão e suas fibras que se separam na cauda e continuam pelo canal espinhal até o cóccix antes de se ramificarem para as pernas e os pés.

A medula espinhal serve como uma ‘’superestrada de informação’’, transmitindo mensagens entre o cérebro e o corpo. O cérebro envia mensagens motoras para os membros e corpo através da medula espinhal, permitindo o movimento.

Os membros e o corpo enviam mensagens sensoriais para o cérebro através da medula espinhal sobre o que sentimos e tocamos. Às vezes, a medula espinhal pode reagir sem enviar informações ao cérebro. Esses caminhos especiais, chamados reflexos espinhais, são projetados para proteger imediatamente o nosso corpo de danos.

Qualquer dano na medula espinhal pode resultar em perda da função sensorial e motora abaixo do nível da lesão. Por exemplo, uma lesão na região torácica ou lombar pode causar perda motora e sensitiva das pernas e do tronco (chamada paraplegia).

Uma lesão na região cervical (pescoço) pode causar perda sensitiva e motora dos braços e pernas (chamada tetraplegia, anteriormente conhecida como quadriplegia).

NERVOS ESPINHAIS

Trinta e um pares de nervos espinhais se ramificam da medula espinhal. Os nervos espinhais agem como “linhas telefônicas”, levando mensagens de um lado para outro entre o corpo e a medula espinhal para controlar a sensação e o movimento. Cada nervo espinhal tem duas raízes

A raiz ventral (frontal) transporta impulsos motores do cérebro e a raiz dorsal (traseira) transporta impulsos sensoriais para o cérebro. As raízes ventrais e dorsais fundem-se para formar um nervo espinhal, que percorre o canal medular, ao longo do cordão, até atingir o orifício de saída – o forame intervertebral.

Uma vez que, o nervo passa pelo forame intervertebral, ele se ramifica; cada ramo tem fibras motoras e sensoriais.

O ramo menor (chamado de ramo primário posterior) gira posteriormente para suprir a pele e os músculos das costas do corpo. O ramo maior (chamado de ramo primário anterior) gira anteriormente para suprir a pele e os músculos da frente do corpo e forma a maioria dos principais nervos.

Os nervos espinhais são numerados de acordo com as vértebras acima das quais sai do canal vertebral. Os 8 nervos espinais cervicais são C1 a C8, os 12 nervos espinhais torácicos são T1 a T12, os 5 nervos espinais lombares são de L1 a L5 e os 5 nervos espinais sacrais são S1 até S5. Existe um nervo coccígeo.

Os nervos espinhais inervam áreas específicas e formam um padrão listrado em todo o corpo chamado dermátomos.Dessa forma que, os médicos usam esse padrão para diagnosticar a localização de um problema na coluna com base na área de dor ou fraqueza muscular. Por exemplo, dor nas pernas (ciática) geralmente indica um problema perto dos nervos L4-S3.

REVESTIMENTOS E ESPAÇOS

A medula espinhal é coberta com as mesmas três membranas que o cérebro, chamadas meninges. A membrana interna é a pia-máter, que está intimamente ligada ao cordão. A próxima membrana é o aracnóide. A membrana externa é a dura-máter dura.

Entre estas membranas são espaços utilizados em procedimentos de diagnóstico e tratamento. Ou seja, o espaço entre a pia e a substância aracnoide é o amplo espaço subaracnóideo, que envolve a medula espinhal e contém líquido cefalorraquidiano (LCR).

Este espaço é mais frequentemente acessado durante uma punção lombar para coletar e testar o LCR ou durante um mielograma para injetar contraste.

O espaço entre a dura-máter e o osso é o espaço epidural. Esse espaço é mais frequentemente acessado para fornecer agentes anestésicos, comumente chamados de epidurais, e para injetar medicação esteroide.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em resumo, neste artigo, trouxe a você o conhecimento da coluna vertebral no que se diz respeito a sua formação. A fim de que, lhe traga mais preocupação nos cuidados e na prevenção de doenças que afetam esta região.

Cuidados simples e atividades físicas podem prevenir e te manter mais ativo para suas atividades cotidianas.

Fonte: Mayfield Brain & Spine https://mayfieldclinic.com/pe-anatspine.htm

Tradução e adequação: Thiago Nishida

Glossário

Dorsal: o lado posterior ou posterior do corpo.

Paraplegia: paralisia de ambas as pernas e parte inferior do corpo abaixo dos braços, indicando uma lesão na coluna torácica ou lombar.

Tetraplegia: paralisia de ambas as pernas e braços, indicando uma lesão na coluna cervical.

Escoliose: uma curvatura anormal de lado a lado da coluna.

Ventral: o lado anterior ou anterior do corpo.

Tudo Sobre a Sua Coluna Vertebral

Tá bom, está com preguiça de ler, então assista aos vídeos abaixo… (mas prometa que vai voltar aqui e ler com calma 🙂 )

Saiba tudo sobre a Coluna Vertebral com essa sequência de vídeos!

Nesse primeiro vídeo, falo sobre a base. Vértebras, processo espinhoso, etc… Assista porque sem a base nada o conhecimento não pára em pé 🙂

VÍDEO 1 – ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL

VÍDEO 2 – CURVATURAS FISIOLÓGICAS DA COLUNA VERTEBRAL

VÍDEO 3 – Coluna Vertebral – Hiperlordose e Retificação Lombar

VÍDEO 4 – Coluna Vertebral – Escoliose

VÍDEO 5 – Coluna Vertebral – Bico de Papagaio (Osteófito)

VÍDEO 6 – Coluna Vertebral – O Que é GIBA?

VÍDEO 7 – Coluna Vertebral – Hérnia de Disco e Disco Intervertebral

    1 Response to "[7 vídeos] Tudo Sobre a Sua Coluna Vertebral"

    • Alíria Vilela

      Bom dia Thiago.
      Comecei a fazer massagem em Abril desse ano e passei a sentir muitas dores na região torácica. Essa dor não é constante, nem quando me movimento mas sim quando aperto o local, dói muito uma região de um palmo. Faço pilates, aula de dança e coloco minha maca numa altura razoável, subi ela um pouco para eu não precisar me curvar muito, ficou mais confortável mas ainda tenho muitas dores. O que vc me sugere? Me ajuda, por favor! rs Obrigada.

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