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Fiz uma Live com a Yara, assista à Live ou escute no Spotify (Yara Conta 3 Casos Péssimos de Assédio Sexual) pelos links abaixo:
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“Qual foi seu estalo de mudar de ramo?”
R: – Retorno financeiro + falta de reconhecimento profissional + competitividade.
– Eu queria ser atriz para plantar uma semente na vida das pessoas, queria fazer alguma diferença na vida delas, levar histórias, escutar, aprender, compartilhar, descobrir novos olhares e visões. Entrei no mundo da massoterapia e vi que seguia mais ou menos o mesmo propósito que eu buscava com as artes, porém sem a necessidade do estereótipo e a eterna frustração de que tudo o que a gente faz nunca está bom. Há muito julgamento sobre a aparência e pouco reconhecimento pelo talento ou dom.
– Lesão no circo e afastamento das atividades.
– Massoterapia era o plano “B”. Desde pequena eu já tinha o hábito de fazer massagem nas pessoas e eu gostava daquilo. Quando perdi meu encantamento pelo teatro, resolvi dar ouvidos ao que todos diziam sobre meu toque e fui fazendo pequenos cursos de massagem para ver se eu gostava. Até decidir cursar um técnico em massoterapia.
Quanto a paixão pela profissão é importante?
R: Para mim não só importante, mas gostar de ser massoterapeuta é fundamental. Afinal lidamos com pessoas, não com objetos. Essa profissão exige não só troca como também energia e empatia. É possível perceber a paixão do profissional pelo que ele faz, apenas sentindo seu toque. Então quando alguém confia entregar o corpo dela, literalmente ás minhas mãos, é como se eu pudesse dizer: não se preocupe, cuidarei bem de você, seu corpo está seguro comigo. E essa relação de cuidado e confiança, para mim não tem preço. Acho lindo.
ASSÉDIO: insistência impertinente; molestar; abordagem com intenções sexuais; obtenção de favores sexuais
Como foi esse ou esses casos de assédio e como fez para sair?
R: contar caso do cliente do jaguaré (cliente domiciliar); contar do cliente do SPA; contar do cliente do hotel (dor na virilha).
O que fazer para prevenir e/ou evitar?
– Evite atender desconhecidos em domicilio, direcione para um espaço onde você tenha suporte e sinta-se mais seguro caso algo aconteça
– Deixe algum conhecido avisado sobre onde e que horas você irá atender
– Deixe claro para a pessoa como é o seu trabalho e que tipo de serviço você presta e tipos de massagem que você faz
– Evite dar detalhes sobre você e da sua vida pessoal, pois isso pode dar uma liberdade á pessoa que pode ser interpretada de forma equivocada
– Saiba bem o que você está fazendo para ter uma boa justificativa do que não fazer e por quê, ou seja, invista em conhecimento
Qual sugestão para quem passou por isso?
Primeiro, saiba o que é assédio para você. Não é só uma passada de mão, existe também o assédio verbal, moral…
Desrespeito é inadmissível, se você sentir desrespeitado, abandone o atendimento. É melhor perder um cliente do que perder o respeito.
Dialogue. E entenda a diferença entre uma insinuação ou provocação e uma curiosidade.
Não se vitimize, se posicione e seja firme, pois a pessoa pode ver na sua vitimização um sinal de vulnerabilidade.
Ereção não é sinônimo de assédio.
Muito importante: não leve uma situação destas para o lado pessoal. Este tipo de situação, infelizmente, não acontece só nessa área. Dê valor e atenção para aquelas pessoas que também valorizam o que você faz. E não desista por conta de uma minoria. As situações pelas quais passei me ajudaram a fortalecer como pessoa e profissional.
2 replies to "Assédio à Massoterapeutas"
Gostaria que fizessem uma matéria sobre assedio ao massoterapeuta masculino. O massoterapeuta pode estar fazendo o seu trabalho, atendendo o sexo feminino e a paciente entender a técnica ou a manipulação como assedio e acusa-lo. Como podemos registrar a sessão de forma que tenhamos prova material protetiva em relação ao nosso profissionalismo? E se o assedio for real entre a paciente mulher ou homem e o massoterapeuta masculino? Como agir?
Boa pergunta José Antônio. Vou pesquisar sobre.